.Gleudecy B.C.Carvalho Rodrigues

Bem vindos, Caros Amigos.
PAZ & LUZ!


terça-feira, 13 de maio de 2008

NAVIO NEGREIROS - CASTRO ALVES.

Navio Negreiro

Castro Alves



I

'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.


II


Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...


III


Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!


IV


Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...


V


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...


VI


Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

JORGE AMADO

Vida e Obra de Jorge Amado
Biografia de Jorge Amado

Senhora - Obra de José de Alencar
Bernardo Guimarães

Dom Casmurro
Trabalhos de Literaturas

Quincas Borbas


Vida e Obra de Jorge Amado

Biografia

Jorge Amado nasceu em Pirangi (BA), em1912. Depois de trabalhar na imprensa, estudou direito, em 1931, mudou-se para o Rio de Janeiro, e lá publicou o seu primeiro romance: O País do Carnaval. Participou da Aliança Nacional Libertadora e esteve detido entre 1936 e 1937. Morou alguns anos em Buenos Aires e, em 1945, foi eleito deputado por São Paulo. Em 1947, viajou por muitos países de então União Soviética. Foi eleito membro da Academia Brasileira de letras, em 1959.

Jorge Amado denunciou a avidez dos coronéis nos latifúndios de exploração do cacau, principalmente nos romances épicos Terras do Sem-Fim e São Jorge dos Ilhéus. Há mais de 60 anos ele deixou a Bahia; para ganhar o mundo. Morou em Paris e conhece cada canto da Europa, mas quase tudo o que escreveu fala da gente simples do nordeste e tem sua querida Bahia como cenário.

RELATO SOBRE A VIDA DO AUTOR.

São 32 livros, traduzidos para 49 idiomas. Já vendeu desde O País do Carnaval, o primeiro livro, de 1931, quase 20 milhões de exemplares no Brasil e no exterior. Capitães de Areia de 1937 é o recordista: quatro milhões. Nada mal para um “contador de histórias”, como ele gosta de se definir, que não tinha muitas pretensões na vida. O pai era um proprietário de terras na região do cacau no sul da Bahia, e Jorge fez o primário em Ilhéus.Foi cursar direito no Rio e na mesma época publicava os livros que lhe deram projeção nacional; Cacau, de 1933, e Jubiabá, de 1935.

Nos anos 40 ingressou no Partido Comunista Brasileiro e foi eleito deputado federal em São Paulo. A carreira política terminou quando o PCB foi posto na clandestinidade. Exilou-se do país e foi respirar novos ares na Europa e na Ásia ao lado da escritora Zélia Gattai, com quem se casou em 1945 e vive até hoje. “Cumpri minha tarefa como comunista e abandonei o partido em 1955 porque não queria mais receber ordens”, disse outra vez. Hoje em dia tem posições políticas moderadas.


CARACTERÍSTICA DE UMA DE SUAS OBRAS...

“CAPITÃES DE AREIA”

A obra CAPITÃES DE AREIA trata da vida de menores abandonados da Bahia, liderados por Pedro Bala e vivendo num velho trapiche de Salvador, à custa de furtos e malandragens. Os “Capitães de Areia” revoltam-se por causa do abandono em que vivem. A obra denuncia as desigualdades sociais, contrapondo permanentemente burguesia e povo, a desonestidade da classe dominante e a sensibilidade dos que vivem à margem da sociedade.

VAMOS LER UM TRECHO DESSE ROMANCE:

CAPITÃES DE AREIA

Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães de Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, ele então as ofereceu a Dora. Assim mesmo, estavam grandes e para ela, teve que cortar nas pernas para que dessem. Amarrou com cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fosse a cabeleira loira e os seus nascentes, todos poderiam tomar como um menino, um dos capitães de areia.

“Nos primeiros livros, tudo era maniqueísta: o rico é ruim e só o pobre presta. Mas vi que as coisas são mais complexas e passei a ter horror a ideologias, diz. É grande amigo de Antônio Carlos Magalhães e acredita que Fernando Henrique pode se tornar um grande estadista.

No mínimo, a experiência no PCB contribuiu para que Jorge diversificasse suas troças. Nos anos 50, convidado oficial do governo chinês, foi assistir a um espetáculo da Ópera de Pequim e sentou-se na poltrona ao lado do ministro da cultura de Cuba. O intérprete do cubano dormiu e ele passou a perguntar ao escritor tudo o que acontecia no palco.

Quando em cena apareceram vários soldados, Jorge disse: A imperatriz vai se deitar com todos os soldados “. E o cubano arregalou os olhos. Depois, entram alguns cavalos:” Agora é a vez de todos os cavalos se divertirem com a moça.”Foi demais. O ministro de Fidel se retirou do teatro e, no dia seguinte, fez uma queixa formal na reunião dos camaradas. Jorge, quietinho, fingiu que não ouviu.

A mania de zombar dos outros fez com que alguns dessem o troco na mesma moeda. Em Portugal, passeando pelas ruas de Lisboa com o escritor conterrâneo João Ubaldo Ribeiro, foi cercado por uma multidão que queria saber se aquele ”tal” Jorge Amado era o autor de O Bem Amado, novela de enorme sucesso em terras lusitanas. Ubaldo confirmou, mas disse que ele usava o pseudônimo Dias Gomes e, às vezes, assinava, Janete Clair. Em 1974, faliu a editora Martins que tinha os direitos de seus livros. O amigo Antônio Machado passou a ser o novo editor e Jorge fez questão de incluir uma nova cláusula no contrato. Se uma das partes rompesse o acordo, ficava proibido o rompimento da amizade.


Obras:

Romance: O País do Carnaval(1931); Cacau(1933); Suor (1934); Jubiabá (1935); Mar Morto (1936); Capitães de Areia (1937); Terras do Sem-Fim (1942); São Jorge dos Ilhéus(1944); Seara Vermelha (1946); Os Subterrâneos da Liberdade (3 volumes 1952); Gabriela Cravo e Canela(1958); Dona Flor e Seus dois Maridos(1967); Tenda dos milagres (1970); Teresa Batista cansada de guerra (1973); Tieta do Agreste (1977); Farda, Fardão, Camisola de Dormir (1979); Tocaia Grande (1984);

Novela: Os velhos marinheiros(1961); Os pastores da noite(1964);

Biografia: ABC de Castro Alves (1941); Vida de Luís Carlos Prestes (1945); Memórias: Navegação de Cabotagem (1992).

*Livros que lhe deram projeção nacional:

CACAU (1933)

JUBIABÁ (1935)

*Obra-Prima:



CAPITÃES DE AREIA
TERRAS DO SEM-FIM

GABRIELA, CRAVO E CANELA.

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
TENDA DOS MILAGRES

RESUMO...

Jorge Amado de Faria costuma pregar peças nos mais chegados

. Deve ter pregado muitas porque a lista de amigos do escritor não é pequena. Jorge tem simplicidade e carisma que agradam a gregos e baianos. Pode ser ao mesmo tempo, o confidente do guardador de carros e grande camarada do líder cubano Fidel Castro.

Ao lado de Zélia, vivia em Salvador, no bairro do Rio Vermelho. A casa é ponto turístico da cidade.

Os city-tours das agências prometem visitas ao famoso casal, e volta e meia, Jorge topa com pessoas estranhas passeando pelo jardim. Um dia, Zélia ouviu o marido gritar: “corre, mulher. Estão invadindo nossa casa outra vez!”. No quarto de dormir, havia dois argentinos deitados na cama posando para fotos.

A empregada tinha pena dos turistas. Deixava qualquer um entrar e ainda prestava serviços de guia: “aqui é o quarto, aqui o banheiro deles...”.

Aos 87 anos, Jorge tem dificuldade para ler e não gosta de badalações. A popularidade do escritor aumentou muito, a partir dos anos 70, com a adaptação de suas obras para o cinema e a televisão, como Gabriela e Tieta do Agreste. Obras que ele faz questão de dizer: “falam sobre o povo e para o povo”.

Curiosidades:

Você sabia?

Para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, Jorge impôs que o papel principal fosse dado a “Sônia Braga”.Por quê? “, perguntaram os jornalistas. Jorge respondeu:” o motivo é simples: nós somos amantes “. Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal, disse: muito prazer, encantado”. Era piada. Os dois nem se conheciam até então.
Roteiro do Trabalho

1. Biografia do Autor

2. Obras- Primas

3. Livros que lhe deram Projeção nacional

4. Características de uma de suas obras

5. Relato sobre a vida do autor

6. Resumo

Participantes

1.Cenira de Jesus Santos

2.Cleíldes Nascimento Gama

3.Maria Zélia Santos

4.Nara Polyanna Mendes

5.Jesuíto Nascimento

Bibliografia

CADORE, L.A. Curso prático de português- Literatura, gramática e redação. São Paulo, 2o.grau, editora Ática, 1994.

Revista ISTO É- O brasileiro do século- 4- Literatura




--------------------------------------------------------------------------------

SENHORA

Na obra Senhora temos como personagem principal Aurélia Camargo, que no decorrer da narrativa são mostradas alguns símbolos como: nua estrela, deusa dos bailes, musa dos poetas e outras que induziam tornando a um ser perfeito aos olhos. Mas em contrapartida temos uma moça com 18 anos, com sagacidade, ar provocador e expressão cheia de desdém que contrastam com a beleza correta e a expressão serena. Aurélia é um personagem que em demostrar e ir contra o que era imposto no período do Império, ou seja em documentar indiretamente um momento histórico, concreto da sociedade brasileira. Na geral a mulher brasileira era submissa ao poder, ela valia pelo dote que possuía. Exemplificando ela não podia ir as festas, bailes na sociedade sem estar acompanhada, pois seria considerada vulgar. A mulher era feita para o casamento, sem direitos de mandos e opiniões na sociedade. E surge Aurélia diferente, porque não satisfaria os costumes e exigências da época que não aceitava a emancipação feminina. O conflito que organiza a obra, é um choque entre o amor ideal, o invencível, e o mundo social que decepciona. E Aurélia está inserida nesse conflito e oscila entre a pureza e a ironia, porque ela tinha experiência da vida. Na sociedade que era movida pelo ouro, pelo interesse e as pessoas valiam pelo interesse e dinheiro que tinham, prevalecendo o "Ter" sobre o "Ser". Com Fernando Seixas, percebemos que os casamentos eram feito por conveniência e ascensão social. E Seixas mesmo vivendo na pobreza apresenta-se em sociedade como se fosse um dos "cavaleiros mais ricos e francos da corte". O Título senhora para a obra está relacionado ao poder que Aurélia exercia por ser dona de seus atos e ser rica. E também porque na época o termo "Senhora" não era usado para mulheres, pois não detinham poder. A obra fornece diversas interpretações pois é literária. Mas no final da narrativa, o fator que leva a idealização do amor, no romantismo, é o momento que Fernando Seixas diz para Aurélia que era consumado por desejo de viver no consumidos e materialismo. Mas que ela transformou-o fazendo-o lutar pela dignidade e a auto estima perdidas. Com isso, Aurélia perdoa Seixas de fato porque ele transformar-se em um "homem" e não um ator de salão.

Obra: Senhora

Autor: José de Alencar

Escola Literária: Romantismo


--------------------------------------------------------------------------------

Biografia de Jorge Amado

Das mais significativas da moderna ficção brasileira, a obra de Jorge Amado baseia-se na exposição e análise, em moldes realistas, dos cenários rurais e urbanos da Bahia. Filia-se, pois à corrente regionalista da literatura nordestina.
Jorge Amado nasceu numa fazenda de cacau em Itabuna BA em 10 de agosto de 1912. Passou a infância em Ilhéus, onde assistiu à luta entre fazendeiros e exportadores de cacau, que lhe inspirariam temas e tipos romanescos. Em Salvador, onde fez o curso secundário, ligou-se à Academia dos Rebeldes, grupo que, chefiado por Pinheiro Viegas, propunha uma literatura voltada para as raízes nacionais.
Radicado desde 1930 no Rio de Janeiro, Amado estudou direito e estreou logo a seguir em livro, publicando com notável regularidade os romances de sua primeira fase, todos marcados pela técnica do realismo socialista: O país do carnaval (1932), Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar morto (1936), Capitães de areia (1937), Terras do sem fim (1942), São Jorge dos Ilhéus (1944), Seara vermelha (1946), Os subterrâneos da liberdade (1952). Ora surge nesses livros o drama vivido nas plantações de cacau do sul da Bahia, ora, na cidade de Salvador, a vida da infância abandonada, do proletariado, dos saveiristas, dos negros e marginais, com os conflitos e injustiças sociais em destaque. Tal fundamento sociológico confere aos romances um cunho de documentário dos problemas brasileiros, agravados pela transição da sociedade agrária para a industrial.
Em 1945 Jorge Amado foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro, porém todos os membros da bancada do partido tiveram o mandato cassado, e ele sofreu fortes pressões políticas. Durante cinco anos, viajou pela Europa e Ásia, voltando ao Brasil em 1952. Em 1956 fundou o semanário cultural Para todos, que dirigiu, e em 1961 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (cadeira no 23).
Data de Gabriela, cravo e canela (1958), o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções de crítica social. Seguiram-se, na mesma linha, obras sempre muito bem recebidas, como Os velhos marinheiros (1961), Os pastores da noite (1964), Dona Flor e seus dois maridos (1966), Tenda dos milagres (1969), Teresa Batista cansada de guerra (1973), Tieta do Agreste (1977), Farda, fardão, camisola de dormir (1979), Tocaia grande -- a faca obscura (1984), O sumiço da santa (1988). Ao completar oitenta anos, em 1992, publicou o "romance autobiográfico" Navegação de cabotagem.
Um grupo à parte na volumosa produção do escritor, um dos mais lidos de toda a história literária brasileira, é constituído por obras de circunstância, como o relato de viagem O mundo da paz (1950) e o guia de Salvador Bahia de todos os santos (1945), ou obras fortemente marcadas por seu engajamento político como O cavaleiro da esperança (1945), biografia romanceada de Luís Carlos Prestes, e ABC de Castro Alves (1941), outro romance biográfico.
Traduzido para mais de trinta idiomas e detentor de inúmeros e importantes prêmios, Jorge Amado teve vários de seus trabalhos adaptados para o rádio, à televisão e o cinema. Em 1979, sua mulher, Zélia Gattai, companheira de toda a vida, iniciou sua própria carreira literária, com o livro de memórias Anarquistas, graças a Deus, a que se seguiram, Um chapéu para viagem (1982), Senhora dona do baile (1984), Jardim de inverno (1989) e Chão de meninos (1993). Faleceu na Bahia no dia seis de agosto de 2001.





Análise de uma obra



A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D'ÁGUA

Jorge Amado "Um baiano romântico e sensual"



Autor dos mais respeitados na literatura brasileira, desde os anos trinta, Jorge Amado tem pontificado e feito sucesso de crítica e de público. Sua obra explora os mais diferentes aspectos da vida baiana: a posse violenta da terra, com as conseqüências sociais terríveis, como ocorreu na colonização da zona cacaueira do Sul da Bahia, está magistralmente imortalizada em Cacau, São Jorge de Ilhéus, Gabriela, Cravo e Canela e Terras do Sem Fim. Os tipos folclóricos das ladeiras de Salvador estão presentes em Tenda dos Milagres, Capitães da Areia, Mar Morto. A literatura engajada, comprometida com a ideologia política do Autor faz-se presente em Os Subterrâneos da Liberdade, O Cavaleiro da Esperança. Os perfis de mulheres extraordinárias que comovem e seduzem estão em Tieta do Agreste, Dona Flor e seus Dois Maridos, Gabriela e muitos outros...

Primeiro é preciso que se tenha em mente o "descompromisso" do Autor com o registro formal culto, para se entender melhor o comentário que se faz constantemente sobre seu "estilo". Jorge Amado já se autoproclamou "um baiano romântico e sensual". É o que a crítica costuma rotular de contador de estórias. Não segue, intencionalmente, o rigor da técnica de construção literária e nem dá a mínima para as normas gramaticais e ortográficas. Incorpora, com a maior naturalidade, à língua escrita, termos e expressões típicas da língua oral e de sua Bahia idolatrada. Não espere o leitor, portanto, defrontar-se com um texto primoroso, regular, pausterizado. Entretanto, quem se aventurar nos meandros de suas páginas, esteja preparado para o deguste de um texto saboroso e suculento que transpira a trópico, a calor, a vida. Suas histórias são tramadas sobre o povo simples e rude, numa língua que esse povo fala e entende.

O texto que serve de suporte a este estudo centra-se na fixação dos tipos marginalizados para, por intermédio deles, analisar e criticar toda a sociedade. A ação dá-se, basicamente, em Salvador e gira em torno da boêmia desqualificada das cercanias do cais do porto.

A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água é uma das melhores narrativas publicadas por Jorge Amado. Veio a lume em 1958 e conquistou desde logo a admiração de quantos dela se aproximaram. Nitidamente imbricada no Realismo Mágico, mistura sonho e realidade; loucura e racionalidade; amor e desamor; ternura e rancor, de forma envolvente e instigante:

Joaquim Soares da Cunha foi funcionário público, pai e marido exemplar até o dia em que se aposentou do serviço público. A partir daí, jogou tudo para o alto: família, respeitabilidade, conhecidos, amigos, tradição. Caiu na malandragem, no alcoolismo, na jogatina. Trocou a vida familiar pela convivência com as prostitutas, os bêbados, os marinheiros, os jogadores e pequenos meliantes e contraventores da ralé de Salvador. Sua sede era saciada com cachaça e seu descanso era no ombro acolhedor da prostituta. Fez-se respeitado e admirado entre seus novos companheiros de infortúnio: era o paizinho, sábio e conselheiro, sempre disposto a mais uma farra ou bebedeira.

Sua opção pela bandalha representa o grito terrível do homem dominado e cerceado por preconceitos de toda sorte e que um dia rompe as amarras e grita por liberdade.

Morreu solitariamente sobre uma enxerga imunda e sua morte detonou todo o processo de reconhecimento/desconhecimento por parte da família real e da família adotada. Os amigos durante o velório se embriagam e resolvem, bêbados, levar o defunto para um último "giro" pelo baixo-mundo que habitavam. O passeio passa pelos bordéis e botecos, terminando em um saveiro, onde há comida e mulheres. Vem uma tempestade e o corpo de Quincas cai ao mar.

Ao renunciar à família, mudar de ambiente e de costumes, Quincas morreu pela primeira vez e curtindo a última bebedeira, morreu pela segunda vez; ao cair ao mar, não deixando qualquer testemunho físico de sua passagem pela vida, morreu pela terceira vez. A narrativa poderia chamar-se A morte e a morte e a morte de Quincas Berro D'Água, acrescentando-se uma morte ao protagonista, que ficaria bem de acordo com a progressão da trama.



Personagens marcantes



Gabriela e Turco Nacibi (Gabriela Cravo e Canela)

Dona Flor, Vadinho e Dr. Teodoro (Dona Flor e seus dois maridos).

Tieta, Perpétua (Tieta do Agreste).

Guma, Lívia, Félix (Mar morto e A Invasão dos turcos


--------------------------------------------------------------------------------

Bernardo Guimarães

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, jornalista, romancista e poeta brasileiro nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, a 14 de agosto de 1825.

Realiza seus primeiros estudos em Ouro Preto (MG) e, posteriormente, segue para São Paulo, onde gradua-se em direito. Era amigo de Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa.

Juiz municipal em Catalão, Estado de Goiás, não foi bem sucedido nesse cargo, pois delibera em certo momento,em absolver e dar liberdade a todos os presos da cidade, situação incompatível com sua condição de juiz.

Mudou-se depois para Rio de Janeiro. Ali passou a dedicar-se à atividade literária na imprensa, como repórter e crítico literário.

Em Ouro Preto, onde torna-se professor de retórica e poética no Liceu Mineiro, e de latim e francês em Queluz.

Seu casamento veio mudar-lhe os hábitos, acomodando-o e conduzindo-o a uma fase de produção literária bastante fecunda.

É o responsável pela introdução do regionalismo e do sertanismo na ficção brasileira. Sua obra poética revela traços do ultra-romantismo à maneira de Álvares de Azevedo, que foi seu contemporâneo e amigo na Faculdade de Direito. A obra de Bernardo Guimarães nos mostra uma narrativa pormenorizada e rica em detalhes que retratam a intensidade dos costumes, a vida social do sertanejo, além de também nos mostrar aspectos e formas da natureza rural.

Bernardo Guimarães foi o iniciador do sertanismo na literatura brasileira, destacando-se nesse gênero as obras: O Ermitão de Muquém, Lendas e Romances, O Garimpeiro, A Escrava Isaura, A Ilha maldita, Rosaura, A Enjeitada, O Bandido do Rio das Mortes, O Seminarista, Histórias e Tradições, O Índio Afonso e Maurício ou Os Paulistas em São João Del Rey. Produziu para teatro dois trabalhos importantes: A voz do Pajé e Os Dois Recrutas.

Faleceu em Ouro Preto, em 1884.


--------------------------------------------------------------------------------

Dom Casmurro

Primeiramente deve-se esclarecer a do livro ter este nome: Dom Casmurro, que foi o nome dado a Bentinho por um amigo que ficou aborrecido ao ver que enquanto ele recitava seus versos, Betinho chegou a cochilar por uns instantes.“Dom” foi por dado por ironia, relacionado a nobreza e “Casmurro” não foi utilizado no seu sentido real, foi dado o apelido devido a seu jeito de ser calado e metido consigo.Bentinho não se ofendeu com o apelido e alguns amigos passaram a chamar-lhe por esse nome.

Bentinho era um garoto de 15 anos, morava na vila de Matacavalos, junto com sua mãe Gloria, seu tio Cosme, sua tia Justina e o agregado José Dias.

Sua casa ficava próxima a de Capitu, sua melhor amiga que cresceu ao seu lado.

D. Gloria, antes de Bentinho, teve um filho que morreu, por ser uma mulher religiosa fez uma promessa de que se seu próximo filho sobrevivesse, este seria padre.

Certo dia, Bentinho teve a noticia de que seria padre, porem ele descobriu estar apaixonado por Capitu, e ela por ele.

Capitu e Bentinho passaram a viver um amor secreto e não aceitavam aideia de que teriam que renunciar a essa paixão, para que Bentinho fosse padre.

O tempo não conseguiu apagar a promessa de D.Glória e no ano seguinte mandou seu filho para o Seminário, mesmo que seu coração desejasse o contrário. Bentinho chegou a confidenciar a José Dias que não tinha vocação para ser padre, mas nada disse sobre sua paixão por Capitu, inutilmente José Dias tentou convencer Glória.Bentinho voltava aos sábados para casa, era quando ele podia rever a família e encontrar o seu grande amor Capitu.

No Seminário ele conheceu Escobar, teve início uma grande amizade. A este amigo ele confidenciou seu segredo e descobriu que Escobar não tinha objetivo de ser padre.

Certo dia Bentinho conheceu Sancha, uma grande amiga de Capitu, que encontrava-se doente e estava sobre os cuidados de Capitu.

O tempo passou, Bentinho e Capitu já não suportavam mais a espera, foi então que José Dias teve a idéia de que Bentinho deveria ir a Roma falar com papa para obter o perdão da promessa de sua mãe. Escobar teve uma idéia melhor, D. Glória adotava um menino pra que este fosse padre, assim a promessa estaria paga.

Glória aceitou a idéia e bentinho foi estudar Leis, aos 21 anos casou-se com Capitu, e Escobar começou a trabalhar no comércio e se casou com Sancha.

Os quatro tornaram-se cada vez mais amigos, Sancha e Escobar tiveram uma filha, porém bentinho e Capitu não conseguiam ter o tão desejado filho.

Certa vez, Bentinho quis ir com Capitu para o teatro, só que esta disse estar com dor de cabeça, ela insistiu para que seu marido fosse, Bentinho assim o fez.

Bentinho encontrou Escobar, que lhe pareceu estranho e chegando em casa viu que Capitu estava em ótimo estado.

Finalmente Capitu pôde ter um filho a quem deram o nome de Ezequiel. O menino cresceu tornando-se amigo da filha de Escobar e Sancha, chegarm até a pensar em um dia casar os dois, o que não ocorreu.

Ezequiel apesar do seu grande afeto pela mãe, tinha maior aproximação com o pai, o menino tinha um costume de fazer brincadeiras imitando os adultos, principalmente Escobar que ele imitava muito bem.

Certo dia,Escobar sem noção do perigo foi nadar num mar violento, e acabou morrendo afogado. Todos sofreram muito com a perda.

Bentinho viu uma foto, do seu amigo Escobar quando era mais e notou uma grande semelhança com seu filho, tão grande que foi tomado por um sentimento de desconfiança e ódio, tomou conta de si, e Bentinho estava certo de que sua mulher o traíra e dessa traição nasceu Ezequiel.

Bentinho pensou em matar-se e comprou um veneno, e ao chegar em casa, misturou-o com café, no instante em que ia beber ouviu a voz de Ezequiel que entrou no escritório beijando e fazendo carícias em Bentinho, que por um instante chegou a pensar em matar Ezequiel, mas logo desistiu, repeliu o menino e disse a ele que não era o seu pai, nesse instante Capitu entrou e negou tudo, mas alguns momentos depois acbou reconhecendo que o casamento não poderia mais continuar.

Capitu foi embora com filho para a Suíça e durante o tempo passado lá comunicava-se com Bentinho por meio de cartas.

Anos se passaram e Capitu faleceu, Bentinho recebeu a notícia, assim como a visita de Ezequiel, que lhe pareceu ainda mais parecido com Escobar, o encontro foi cheio de emoção e sem mágoas. Onze meses depois, Ezequiel morreu de febre tifóide.

No fim de tudo, bentinho concluiu que, apesar da incerteza a respeito da fidelidade de Capitu, ela fora a única mulher que ele amou em toda sua vida, um amor intenso que nenhuma outra seria capaz de apagar.

JOSÉ SARAMAGO

Sobre
Saramago
Cadernos
de
Lanzarote
Trechos
de
Obras Anos
do
Eclipse Contos Nobel
Bibliografia
e
Links

--------------------------------------------------------------------------------




José Saramago, por ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura de 1998, o primeiro para a língua portuguesa, merece um site não apenas comemorativo, como existem muitos pela Internet, mas sim um que dê uma dimensão, por menor que seja, de sua obra.
Este site não pretende ser um estudo profundo sobre Saramago, mas uma introdução para aqueles que se interessam por literatura e que querem conhecer um pouco mais de um dos mais brilhantes estetas da língua portuguesa.
Aqui existem seções sobre a vida e a obra de Saramago, com leituras desde contos completos, que representam duas fases distintas de Saramago, passando por trechos de romances até um ensaio sobre o livro de Horácio Costa, que estudou o "período formativo" de José Saramago.

CRONOLÓGIA - AUGUSTO DOS ANJOS

Augusto dos Anjos e sua escola poética origem de seu pessimismo e supersensibilidade. [S.l]: [s.n], [19- -]

AGUIAR, F. P. Augusto dos Anjos: a realidade de ser e do não ser. João Pessoa: UNIGRAF, [19- -]

ALBURQUERQUE, L. C. Eu: singularíssima pessoa. Recife: Inojosa, 1993.

ALMEIDA, H. Augusto dos Anjos: um tema para debate. Rio de Janeiro: Apex. Gráfica, 1970.

ANJOS, A. Desajustada. Rio de Janeiro: Ponjetti, 1952.

ANJOS, A. Eu e outras poesias. São Paulo: Nacional, [19- -]

ANJOS. A . Eu. João Pessoa: UFPB, 1999.

BARBEIRO, W. S. Esquizomas: evocação de Augusto dos Anjos.São Paulo: A gazeta Maçônica, 1977.

BARBOSA, F. A Contribuição para uma edição crítica das poesias de Augusto dos Anjos. São Paulo: Brasilense, 1956.

BARROS, E. A poesia de Augusto dos Anjos: uma analise de psicologia e estilo. Rio de Janeiro: Ouvidor, 1974.

CÂNDIDO, G. Fortuna crítica de Augusto dos Anjos. João Pessoa: SEC, 1981.

CARVALHO, Á. Augusto dos Anjos e outros ensaios. João Pessoa: Departamento de publicidade, 1946.

CASTRO E SILVA. Augusto dos Anjos: o poeta e o homem. Campinas: LISA, 1984.

CASTRO E SILVA. Augusto dos Anjos: poeta da morte e da melancolia. Curitiba:Guairá, [19- -]

COUTINHO, O. R. Augusto dos Anjos: o engenho e a arte. João Pessoa: A União,1999.

HELENA, L. Acosmo-agonia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro:Tempo brasileiro, 1984.

IENACO, C. R; MORAIS, R. I. A memória do eu e do nós. Juiz de Fora: Gráfica, 1991.

LYRA FILHO, João. A lírica de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Leitura, [19- -]

MAGALHAES JR., R. Poesia e vida de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.

MELO FILHO, M.; PONTES, J. Augusto dos Anjos a saga de um poeta. Rio de Janeiro: Ed. Graff. 1994.

MELO, A. L. N. Augusto dos Anjos e as origens de sua arte poética.Rio de Janeiro: José Olympio, 1942.

NÔBREGA, H. Augusto dos Anjos e sua época. João Pessoa: UFPB, 1962.

NÔBREGA, H. Cadeira n.1: Augusto dos Anjos. João Pessoa, 1971.

NÔBREGA, J. F. A sombra do "Eu". São Paulo:[s.n], [19- -]

OBRA discussão e crítica num centenário: 100 anos de Augusto dos Anjos. João Pessoa: A União, [19- -]

PINTO, L. Augusto dos Anjos e as interpretações deformadoras. Rio de Janeiro: Aurora, [19- -]

PINTO, L. Augusto dos Anjos: sua escola poética origens do seu pessimismo e supersensibilidade. João Pessoa: Academia Paraibana de Letras, 1964.

PRESENÇA LITERARIA. Ano 1, n.4,abr./jun. 1984. Trimestral

PROÊNÇA, I. C. O poeta do Eu. Rio de Janeiro: Cátedra, 1975.

PROÊNÇA, M. C. Augusto dos Anjos e outros ensaios. Rio de Janeiro: Grífo 1976.

QUEIROZ, O..Uma voz no plenário. Brasília: Coordenação de publicações, 1976.

RAMOS, A. Augusto dos Anjos resgate historico. [S. l.]: [s.n.],2002.

RAMOS, A. Augusto dos Anjos: resgate histórico. João Pessoa: IHGP, 2000.

REIS, Z. C. Augusto dos Anjos: poesia e prosa. São Paulo:Atica, 1977.

RIBEIRO , D. A. A música em Augusto dos Anjos. João Pessoa: Secretaria de Educação e Cultura, [19- -]

SEXTO festival de arte: vida e poesia de Augusto dos Anjos. João Pessoa: Secretaria de Educação e Cultura, 1981.

SILVA M. H. C.; OLIVEIRA, A. B. L.. Vocabulário poético do Eu: glossário. João Pessoa: UNIGRAF, 1986.

SILVA, M. F. Augusto dos Anjos: vida e poesia. João Pessoa: Idéia, 2001.

SOUZA, B. S. Augusto dos Anjos: o patrono. Goiânia,1997.

TORRES, A. Augusto dos Anjos: Eu e outros poesias. Rio de Janeiro: Bicfeschi, 1944.

TRINDADE, J. ; SILVA, M. F. da. Augusto dos Anjos: sua vida, sua obra. João Pessoa: Academia Paraíba de Letras. 1985.

UMA breve contribuição bio-bibliográfica sobre Augusto dos Anjos. João Pessoa: Grafset, 1885.

VIANA, Chico. O evangelho da podridão: culpa e melâncolia em Augusto dos Anjos. João Pessoa: UFPB, 1994.

VIDA e poesia de Augusto dos Anjos. João Pessoa: SEC, [19- -]

VIDAL, A. O outro eu de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

CRONOLÓGIA -- FLORBELA ESPANCA

Cronologia

1894: No princípio da madrugada de 08 de dezembro, nasce, em Vila Viçosa (Alentejo), Florbela d’Alma da Conceição Espanca, na casa de sua mãe Antônia da Conceição Lobo, à Rua do Angerino. O pai, o republicano João Maria Espanca, casado com Mariana do Carmo Ingleza, providenciará para que a esposa se torne madrinha de batismo da filha, em 20 de junho de 1895, oferecendo-lhe como padrinho o amigo Daniel da Silva Barroso.
Embora nos registros da Igreja Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa conste Florbela ser “filha ilegítima de pai incógnito�?, será a menina criada pelo pai e pela madrasta desde o nascimento. Igual procedimento se verá da parte de João Maria para com Apeles, o único irmão da poetisa, filho da mesma mãe e do mesmo pai, que vai nascer em 10 de março de 1897. Também como Florbela, Apeles será registrado “filho ilegítimo de pai incógnito�?.

1899: Florbela freqüenta a escola primária em Vila Viçosa. O pai viaja muito, trabalhando, nessa altura, como antiquário, e já em 1900, torna-se um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal, projetando, por todo o país, filmes em salas particulares, graças ao recém adquirido “Vitascópio de Edson�?. A paixão pela fotografia o levará também, a abrir um estúdio em Évora, o “Photo Calypolense de J. M.. Espanca�?, despertando na filha o gosto pelo retrato e elegendo-a o seu modelo predileto, visto que a iconografia de Florbela Espanca, sobretudo a da sua lavra é bastante farta.
João Maria Espanca e o pai de Milburges Ferreira (a amiga e vizinha Buja, também afilhada de Mariana Ingleza) serão, como republicanos ferrenhos, num tempo em que tal era suspeito, perseguidos ao longo de diversas ocasiões, como inimigos do regime monárquico.

1903. Data de 11 de novembro o poema “A vida e a morte�?, provavelmente a primeira peça escrita por Florbela, e a poesia parece ter-se constituído, na infância da jovem, num meio particular de aproximação com os outros, espécie de doação generosa de si mesma, de original presente que ela oferece, sobretudo ao pai e ao irmão, ambos foco de seu carinho e de toda a sua atenção.

1908: O rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Felipe são, em 1º de fevereiro (dia do aniversário de João Espanca), assassinados em Lisboa, quando voltavam do Palácio Ducal de Vila Viçosa (residência de férias da Coroa), e este é um dos acontecimentos que vão precipitar a instauração revolucionária da República em 05 de outubro de 1910.
Florbela ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912, de modo que a família muda-se nesse ano para Évora, a fim de facilitar-lhe a permanência nos estudos. Ainda em 1908, falece em Vila Viçosa, a terra natal que a regressara, Antônia da Conceição Lobo, então com vinte e nove anos de idade.

1913. Flobela batiza, em 08 de maio, o primo Túlio Espanca, a quem se dedicará sempre com desvelos de assídua madrinha. Este, recentemente falecido, tornar-se-á editor de A Cidade de Évora e importante autoridade nos meios intelectuais portugueses, graças à sua competência de profundo conhecedor de história da arte, vogal das Academias Portuguesas de História e Nacional de Belas Artes, tendo sido encarregado de elaborar, dentre outras obras, o Inventário Artístico de Portugal- Distrito de Évora.
No dia do seu aniversário, Florbela casa-se, na Conservadoria do Registro Civil de Vila Viçosa, com Alberto de Jesus Silva Moutinho, um ano mais velho que ela, rapaz que, desde o primário era seu colega de estudos.

1914: Logo em janeiro, Florbela e o marido vão morar em Redondo; ali atravessarão um período econômico difícil, já que se sustentam dos parcos rendimentos das aulas particulares a alunos de Colégio. Por isso, em setembro de 1915, o jovem casal regressará a Évora, para viver em casa de João Maria Espanca e para dar aulas no Colégio de Nossa Senhora da Conceição. Por essa época, Mariana Ingleza já se acha doente (ela morrerá em dezembro de 1925), e o pai de Florbela, sob os olhares complacentes da mulher, vive livremente na mesma casa com a empregada Henriqueta de Almeida. João Maria vai divorciar-se de Mariana em 09 de novembro de 1921 e casar-se com Henriqueta em 04 de julho de 1922. Em 03 de julho de 1954, João Maria Espanca virá a falecer, depois de, na Conservadoria do Registro Civil de Vila Viçosa, ter perfilhado Florbela em 13 de junho de 1949.

1916: Em meados de abril de 1916, vivendo novamente em Redondo, Florbela seleciona, dentre a sua produção poética cerca de trinta peças produzidas a partir de 10 de maio de 1915, com as quais inaugura o projeto e o manuscrito Trocando Olhares.Esse caderno (32,2 X 11cm), contendo capa dura e apresentando quarenta e sete folhas, encontra-se hoje depositado no seu espólio da Biblioteca Nacional de Lisboa. Compreende oitenta e oito poemas e três contos e parece se impor, da maneira como subsiste, como uma expressiva �?oficina literária�?, acolhendo projetos poéticos de distintas naturezas, anotações, refundições de poemas em páginas que por vezes, se assemelham a palimpsestos. Prestou-se ele também como matriz a duas antologias dali retiradas na altura, como importante foco irradiador de peças que emigrarão, refundidas, para o Livro de Mágoas e para o Livro de Sóror Saudade, e, enquanto campo temático, como precioso propulsor para o restante da obra de Florbela.
Datam também de 1916, os primeiros esforços da jovem poetisa para ser publicada , e a sua correspondência com Madame Carvalho, diretora do suplemento “Modas e Bordados�? de O Século de Lisboa, tem início em 08 de janeiro desse ano. Ao longo de 1916, Florbela inicia colaboração no mencionado Suplemento, em Notícias de Évora e em A Voz Pública de Évora. Muitos desses poemas, enviados a Júlia Alves (com quem enceta correspondência a partir de junho de 1916 e que se alonga até 05 de abril de 1917), serão recuperados e publicados no póstumo Juvenília.
Portugal inicia a sua intervenção na Primeira Grande Guerra Mundial em 09 de março de 1916, e Florbela, entusiasmada com a causa republicana, começa a partir de princípio de junho, a se ocupar de um novo projeto poético, A Alma de Portugal, em “homenagem humilíssima à pátria que estremeço�?, como o registra a sua correspondência e segundo o atestam os poemas do referido manuscrito. Logo após 18 de julho, ela está enviando a Raul Proença, por meio do pai, que é amigo de Luís Sangreman Proença (irmão do intelectual republicano), a sua antologia Primeiros Passos. A apreciação do importante Conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa, de que Florbela toma conhecimento nos dias imediatamente anteriores a 12 de agosto, será fundamental para o auto-reconhecimento do que produzia até então, bem como valiosa para a definição da sua personalidade poética. O exame do parecer de Proença demonstra ter sido ele o único crítico efetivamente competente com que Florbela deveras dialogou, acontecimento verdadeiramente isolado nos minguados horizontes literários da sua existência. A crer nas únicas duas peças da correspondência de Florbela com o republicano (depositada no espólio de Proença na Biblioteca Nacional de Lisboa), a interlocução crítica que com ele manteve deve ter-se alongado pelo menos até 1927 (quando Proença foi exilado em virtude de sua publicaçãoPrimeiro panfleto contra a ditadura militar, e foi decisiva para o engendramento e seleção dos sonetos que perfariam o Livro de Mágoas e, quem sabe, também o Livro de Sóror Saudade, visto que nessa obra se acham traços da continuada epistolografia (o Prince Charmant…, é a ele dedicado, tendo sido antes publicado, em 1º de agosto de 1922, no n.º 16 da Seára Nova, revista literária que se tornou o símbolo da resistência ao salazarismo e do qual Proença era um dos fundadores e integrantes do corpo diretivo).
Por volta de 28 de julho, Florbela reavalia o seu manuscrito e elege peças que, ao lado de outras que comporá, perfarão mais um dos seus projetos poético:O Livro d’Ele.
Em outubro do mesmo ano, a poetisa está de volta a Évora como explicadora no mesmo Colégio. Por essa altura, engendra um novo projeto poético, indicado no manuscrito, apenas pelo título das duas partes que o compõe: Minha Terra, Meu Amor, condensando nele a essência dos abandonados Alma de Portugal e O Livro d’Ele. Apenas em novembro retoma o liceu interrompido, de maneira que concluirá o Curso Complementar de Letras em 24 de julho de 1917.

1917: Florbela encerra o manuscrito Trocando Olhares em 30 de abril desse ano (quando se dá a mencionada interlocução com a poética de Américo Durão), regressando posteriormente a ele para anotações acerca de uma nova antologia, a Primeiros Versos (provavelmente destinada a leitura de Raul Proença), e para rascunhar refundições de poemas presentes ou não no caderno.
Apeles, que tem dotes artísticos e que pratica sensivelmente a pintura, está seguindo carreira oposta em Lisboa: em 19 de agosto, termina o Curso da Escola Naval, graduando-se aspirante.
Em 09 de outubro, Florbela, vivendo desde setembro na capital do país subsidiada pelo pai, matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que abandonará em meados de

1920: dentre os trezentos e quarenta e sete alunos inscritos, é de apenas quatorze o número de mulheres. Conhecerá aí José Schimidt Rau, Américo Durão, João Botto de Carvalho, por intermédio de Apeles, que também se aplica em mostrar para a irmã a vida artística de Lisboa, acompanhando-a na visita a exposições. Embora Florbela tenha sido colega de Alfredo Pedro Guisado na Universidade, ligado, portanto, ao grupo Orpheu, não há nenhum indício de que ela tenha tomado conhecimento da existência do Modernismo em Portugal nem dos seus mentores, embora a temática da “despersonalização�? atravessasse, mas como condição feminina, a sua obra, que, nesse aspecto da “fragmentação�?, aparenta-se sobretudo com a de Mário de Sá-Carneiro.

1918: Em abril, Florbela que se encontra adoentada, vai com o marido a Quelfes (Algarve) para repouso, permanecendo o casal hospedado em Olhão, na casa de Dorothea Moutinho. A carta que envia dali a Proença, em 07 de maio, atesta a efabulação do volume que se tornaria O Livro de Mágoas.

1919: Em junho vem à luz, pela Tipografia Maurício de Lisboa, o O Livro de Mágoas, dedicado “A meu Pai. Ao meu melhor amigo�? e “�? querida Alma irmã da minha. Ao meu irmão�? e, já em seguida, Florbela começa a trabalhar num novo projeto que, entre essa data e pelo menos o final de 1922, terá seu título oscilando entre Livro do Nosso Amor e Claustro de Quimeras, conforme o atestam dois diferentes manuscritos depositados na Biblioteca Nacional de Lisboa.
Durante toda a fase em Lisboa que intermitentemente, se prolonga até novembro de 1923, Florbela está sempre em contato com Buja, que ali reside então, e trabalha como explicadora particular de português. Data de tal experiência profissional a amizade com Aurélia Borges que, após sua morte e por ocasião do moroso affaire, se transformará em empenhada defensora da causa florbeliana, publicando, entre outras obras, o Florbela Espanca e sua obra (1946).

1921 Apeles é graduado guarda-marinha pela Escola Naval. Em 30 de abril é decretado, em Évora, o divórcio de Florbela com Moutinho. Em 29 de junho, Florbela se casa, na Conservadoria do registro Civil do Porto, com o alferes de artilharia da Guarda republicana, Antônio José Marques Guimarães, então com 26 anos, e o novo casal vai residir naquela freguesia, transferindo-se, em março de 1922, para uma Quinta na Amadora e, já em junho do mesmo ano, para Lisboa.

1922 Apeles que está em vias de tornar-se segundo tenente, presta serviços no cruzador “Carvalho Araújo�?, que transporta, de Portugal para o Brasil, um dos aviões utilizados para a célebre travessia aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Corresponde-se assiduamente com a irmã, que acompanha pelos jornais os acontecimentos e que conserva fotos da façanha, em algumas das quais Apeles se acha presente. Também das incursões do cruzador pela �?frica o irmão lhe dá notícias em cartas bem humoradas, em que se compromete, por exemplo a trazer, das caçadas pelo interior de Luanda, umas “penas para um chapéu para Bela�?.

1923 Em janeiro vem a lume pela Tipografia A Americana de Lisboa o Livro de Sóror Saudade, refundição dos dois manuscritos anteriores: as provas tipográficas do volume se acham depositadas na Biblioteca Nacional de Lisboa. Também lá se encontram, entre recortes ou apreciações manuscritas de outrem a respeito da publicação do Livro de Mágoas, sete peças; a propósito do Livro de Sóror Saudade outras sete, além de duas outras que atestam comentários de passagem sobre a sua poesia- que Florbela conservou. Tal montante certifica, pois, que ela acompanhou com atenção, recortando e guardando para si, a pífia repercussão das usas obras.
Em novembro, a poetisa se encontra novamente adoentada e segue para Gonça (Guimarães) a fim de tratar-se.

1924 A 4 de abril, em Lisboa, Antônio Guimarães entra com o pedido de divórcio contra Florbela Espanca, na 6ª Vara Cível, que será deferido em 23 de junho de 1925. Em setembro de 1925, Antônio Guimarães se casa com Rosa de Oliveira Roma Leão e, muito mais tarde, ele fundará em Lisboa uma importante agência, a de “recortes�?, que se aplica em através de assinaturas, enviar para os respectivos autores qualquer matéria publicada que lhes diga respeito. Não deixa de ser curioso que o espólio pessoal de Antônio Guimarães se componha do mais abundante material que sobre Florbela se publicou desde 1945 até 1981, ano em que faleceu em Lisboa: são cerca de cento e trinta e três recortes.

1925 Em 15 de outubro, ela se casa, na Repartição do registro Civil de Matosinhos (e a 29 do mesmo mês na Igreja do Bom Jesus de Matosinhos), com Mário Pereira Lage, médico que contava então trinta e dois anos, passando o casal a residir em Esmoriz e transferindo-se em junho de 1926, para a casa dos pais de Lage, em Matosinhos (Porto). Data dessa época uma foto sua, ao lado e outras senhoras numa campanha para angariar fundos para a Cruz Vermelha.

1926 É publicado o decreto ditatorial, com força de lei, que dissolve o Congresso da República.
Apeles gradua-se primeiro-tenente da Marinha.

1927: Durante esse ano, Florbela começa a colaborar no D. Nuno de Vila Viçosa (cujo diretor é José Emídio Amaro), e os poemas ali estampados são por ela indicados como pertença de Charneca em Flor.Inicia também o seu trabalho de tradutora de romances franceses para a Civilização do Porto, função que desempenhará até a morte, e em 15 de maio, numa carta a José Emídio Amaro, dá notícias de Charneca em Flor, que diz ter pronto, e de um livro de contos que está preparando, provavelmente O Dominó Preto.
Em vôo de treino com o hidroavião Hanrior 33, em 06 de junho, Apeles mergulha no Tejo, diante de Porto Brandão, cumprindo, presumivelmente, a decisão que expusera a irmã em carta imediata a morte da noiva (Maria Augusta Teixeira de Vasconcelos), ocorrida em dezembro de 1925.
Florbela reage heroicamente pondo-se a produzir com afinco um livro de contos, à memória dele dedicado - “A meu Irmão, ao meu querido morto�?- , o As Máscaras do Destino. Mas desde então, embora continue a colaborar no D. Nuno, a escrever poemas que provavelmente, já constituem o póstumo Reliquiae; embora se esforce por fazer publicar o último livro de contos, e embora permaneça com a tarefa das traduções - ela se declara quase permanentemente deprimida, doente dos nervos, fumando em demasia e emagrecendo sensivelmente.

1930: Inicia a colaboração no recém-fundado Portugal Feminino com poemas e contos, na revista Civilização e no Primeiro de Janeiro, ambos de Porto; deslocando-se de vez em quando para Évora ou para Lisboa, onde participa das reuniões da revista feminina (e há mesmo uma foto publicada na altura pelo Portugal Feminino, que registra esse acontecimento, na qual Florbela se acha presente ao lado de outras intelectuais e feministas, como Elina Guimarães, Maria Amélia Teixeira, diretora da revista, Branca da Gonta Colaço, Ana de Castro Osório, Alice Ogando, Maria Lamas, Thereza Leitão de Barros, Laura Chaves e Fernanda de Castro).
O seu Diário do último ano, encetado em 11 de janeiro, dá conta do estado de solidão em que Florbela está mergulhada: “O olhar dum bicho comove-me mais profundamente que um olhar humano. Há lá dentro uma alma que quer falar e não pode, princesa encantada por qualquer fada má. Num grande esforço de compreensão, debruço-me, mergulho os meus olhos nos olhos do meu cão: tu que queres? E os olhos respondem-me e eu não entendo…Ah, Ter quatro patas e compreender a súplica humilde, a angustiosa ansiedade daquele olhar! Afinal…de que tendes vós orgulho, ó gentes?�? E certamente não é em vão que Florbela se faz acompanhar, durante esse último percurso, por essa imagem: não é o cão mitológico guardião da morte?
Em 18 de julho, dá início à correspondência com Guido Battelli, que, entre 18 de novembro até a última peça, de 5 de dezembro, apenas registra a sua preocupação pelo aspecto estético e comercial do Charneca em Flor, que se encontra no prelo, e pelas provas tipográficas da obra, das quais ela chaga a revisar mais de uma dúzia de folhas.
Seu Diário se encerra em 02 de dezembro com uma única frase “e não haver gestos novos nem palavras novas!�? Na passagem de 07 para 08 de dezembro, Florbela d’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos e é enterrada, no mesmo dia 08, no Cemitério de Sedin. Seus restos mortais serão, em 17 de maio de 1964, transportados para o Cemitério de Vila Viçosa, “a terra alentejana a que entranhadamente quero�?, como à terra natal tiveram oportunidade de se referir na mencionada carta a José Emídio Amaro, em 15 de maio de 1927.

*
Página Inicial

Poemas em Áudio

Galeria

Ensaios

Listar Todos


*
Buscar

*
Florbela Espanca
"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
*
links Rápidos
Florbela no Orkut Estatisticas Registrar Login Sair
*
Extra
o Biografia
o Cronologia
o Estudos
o Obras
o Política de Comentários
*
Categorias
o Ensaios
o Estudos
o Extras
o Poemas
+ A mensageira das violetas
+ Charneca em Flor
+ Livro de Mágoas
+ Livro de Soror Saudade
+ O Livro D'Ele
+ Reliquiae
+ Trocando Olhares
*
Calendário
Maio 2008 S T Q Q S S D
« Abr
1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31
Recentes
o
+ Maior Tortura
+ A um livro
+ Desalento
+ Só
+ Errante
+ Vulcões
+ Sonhos
+ Noite Trágica
+ Balada
+ Duas Quadras
+ Versos
+ Estrela Cadente
+ Sol Posto
+ Talvez…
+ Escuta…
+ A Anto!
+ Súplica (III)
+ 77 anos
+ ?!
+ Rústica
+ Desdém
+ Aos olhos d´Ele
+ Oração de Joelhos
+ Humildade
+ Triste Destino!
+ Nunca mais!
+ Quem Sabe?!…
+ Aonde?…
+ Poder da Graça
+ O Espectro
+ Confissão
+ Anseios
+ Desejo
+ Meu Portugal
+ À Guerra!
+ Oração
+ Visões da Febre
+ Saudade
+ Cravos vermelhos
+ Vozes Do Mar
+ Sonhando…
+ Súplica (II)
+ Sonho Morto
+ O Teu Segredo
+ Ás mães de Portugal
+ Noites da Minha Terra
+ Doce Certeza
+ Filhos
+ Paisagem
+ A Voz De Deus
*
Arquivos
o Maio 2008
o Abril 2008
o Março 2008
o Fevereiro 2008
o Janeiro 2008
o Dezembro 2007
o Novembro 2007
o Outubro 2007
o Setembro 2007
o Agosto 2007
o Julho 2007
o Junho 2007
o Maio 2007
o Abril 2007
o Março 2007
o Fevereiro 2007
o Janeiro 2007
o Dezembro 2006
o Novembro 2006
o Outubro 2006
o Setembro 2006
o Agosto 2006
o Julho 2006
o Junho 2006
o Maio 2006
o Abril 2006
o Março 2006
o Fevereiro 2006
o Janeiro 2006

{ Solipsus Theme Designed by Nuwen.Com · WordPress · XHTML · CSS · RSS 2.0 · Atom }

FLORBELA ESPANCA

Poesia:

*

Amiga
*

Desejos vão
*

O meu impossível
*

Silêncio!...
*

Ser poeta
*

Árvores do Alentejo
*

Vaidade
*

A maior Tortura
*

Fanatismo
*

Os versos que te fiz
*

Ambiciosa
*

Versos de orgulho
*

Cantigas leva-as o vento...
*

Poetas
*

Folhas de rosa
*

Súplica
*

Vozes do mar
*

Anseios
*

Nunca mais!
*

Balada
*

Sonhos
*


*

Escreve-me...
*

Eu...
*

Lágrimas ocultas
*

Tédio
*

Amar!
*

Esperas...
*

Horas rubras
*

Mais alto
*

Mistério
*

As quadras dele

Ensaio, crítica, resenha & comentário:

*

O Donjuanismo na poesia de Florbela Espanca: "Amar, amar e não amar ninguém!": Patrícia Aragão

Fortuna crítica:

*

Florbela Espanca, a alma em expansão
*

Toda Florbela, ensaio de Gerana Damulakis

Alguma notícia da autora:

*

Biografia



Florbela Espanca

























Da Vinci, Cabeça de mulher, estudo


Albrecht Dürer, Mãos


































Florbela Espanca



Biografia:



Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos, «de uma doença que ninguém entendeu», mas que veio designada na certidão de óbito como nevrose. Registada como filha de pai incógnito, foi todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registado da mesma maneira. Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou.

Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse ano também o seu pai se divorciou, para casar, no ano seguinte, com Henriqueta Almeida. Em 1923, publicou o Livro de Sóror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o médico Mário Laje, em Matosinhos.

Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem Florbela estava ligada por fortes laços afectivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra. Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte, oficialmente, um «edema pulmonar».

Postumamente foram publicadas as obras Charneca em Flor (1930), Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930), Juvenília (1930), As Marcas do Destino (1931, contos), Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949) e Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título, com prefácio de Natália Correia (1981). O livro de contos Dominó Preto ou Dominó Negro, várias vezes anunciado (1931, 1967), seria publicado em 1982.

A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.

Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões.

Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.


Fonte: Astormentas







Hélio Rola


Início desta página


Fernando Py





















Jornal de Filosofia












Florbela Espanca



Amiga


Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.


Que só, de ti, me venha magoa e dor
O que me importa a mim? O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!


Beijá-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...


Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...







Valdir Rocha, Fui eu


Início desta página


Millôr Fernandes

LITERATURA DE CORDEL II

Literatura de Cordel
Saiba mais sobre as origens da literatura de cordel no Nordeste, literatura popular, xilogravuras,
contos do Nordeste, cultura popular nordestina

literatura de cordel Capa de livro de Literatura de Cordel

Recebem o nome de Literatura de Cordel as obras que são produzidas pelo povo. Essas obras não produzem nível artístico, mas sim muita difusão popular da arte folclórica.

Nessa manifestação o povo canta os costumes, as crenças ou personagens (reais e imaginárias).

No Nordeste, os exemplares têm a tiragem mínima de 500 mil cópias e são vendidos nas feiras populares. Recebe o nome de cordel, por serem expostas à venda pendurados emfios de barbante.

Os temas são geralmente populares como a história do Padre Cicero, Lampião, Pedro Malasartes, Surubim, etc.



São Cipriano escreveu dois livros, na literatura de Cordel, sendo que um ensinava magia negra e feitiçarias e outro relatava os diversos tipos de amor.



Um dos temas mais lidos no Brasil, é a história de Carlos Magno e dos Doze Pares de França, um herói da Idade Média, famoso por sua coragem.



Clique aqui para saber mais sobre Literatura de Cordel

LITERATURA DE CORDEL

LITERATURA DE CORDEL

A literatura de cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. Essa denominação foi dada pelos intelectuais e é como aparece em alguns dicionários. O povo se refere à literatura de cordel apenas como folheto.

A tradição dessas publicações populares, geralmente em versos, vem da Europa. No século XVIII, já era comum entre os portugueses a expressão literatura de cego, por causa da lei promulgada por Dom João V, em 1789, permitindo à Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa negociar com esse tipo de publicação.

Esse tipo de literatura não existe apenas no Brasil, mas, também, na Sicilia (Itália), na Espanha, no México e em Portugal. Na Espanha é chamada de pliego de cordel e pliegos sueltos (folhas soltas). Em todos esses locais há literatura popular em versos.

Segundo Luís da Câmara Cascudo, no livro Vaqueiros e cantadores (Porto Alegre: Globo, 1939. p.16) os folhetos foram introduzidos no Brasil pelo cantador Silvino Pirauá de Lima e depois pela dupla Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista. No início da publicação da literatura de cordel no País, muitos autores de folhetos eram também cantadores, que improvisavam versos, viajando pelas fazendas, vilarejos e cidades pequenas do sertão. Com a criação de imprensas particulares em casas e barracas de poetas, mudou o sistema de divulgação. O autor do folheto podia ficar num mesmo lugar a maior parte do tempo, porque suas obras eram vendidas por folheteiros ou revendedores empregados por ele.

O poeta popular é o representante do povo, o repórter dos acontecimentos da vida no Nordeste do Brasil. Não há limite na escolha dos temas para a criação de um folheto. Pode narrar os feitos de Lampião, as "prezepadas" de heróis como João Grilo ou Cancão de Fogo, uma história de amor, acontecimentos importantes de interesse público.

Segundo Ariano Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em versos do Nordeste brasileiro pode ser classificada nos seguintes ciclos: o heróico, o maravilhoso, o religioso ou moral, o satírico e o histórico.

Atualmente, a literatura de cordel não tem um bom mercado no Brasil, como acontecia na década de 50, quando foram impressos e vendidos dois milhões de folhetos sobre a morte de Getúlio Vargas, num total de 60 títulos.

Hoje, os folhetos podem ser encontrados em alguns mercados públicos, como o Mercado de São José, no Recife, em feiras, como a de Caruaru, e em sebos (venda de livros usados). Há uma coleção de folhetos de cordel disponível para consulta, no acervo da Biblioteca Central Blanche Knopf e no Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco.



Fontes consultadas:

CURRAN, Mark J. A página editorial do poeta popular. Revista Brasileira de Folclore, Rio de Janeiro, a. 12, n.32, p.5-16, jan./abr. 1972.
VILA NOVA, Sebastião. Literatura de cordel. Recife: IJNPS. Instituto de Pesquisas Sociais, 1976. (Folclore 19).









Site anterior
Fale conosco
Webmail
Fórum
Edições Anteriores

segunda-feira, 5 de maio de 2008

RECANTO DA POESIA

Acrósticos (12295)
Artigos (12438)
Biografias (1711)
Cartas (10703)
Cirandas (2182)
Contos (24753)
Cordel (3160)
Crônicas (32015)
Discursos (1012)
Duetos (10685)
E-livros (4390)
Ensaios (3397)
Frases (43106)
Haikais (14912)
Homenagens (8884)
Humor (8718)
Infantil (2774)
Juvenil (1199)
Mensagens (31001)
NATAL (2947)
Orações (2012)
Pensamentos (47828)
Poesias (394591)
Poetrix (44278)
Redações (2371)
Resenhas (2436)
Rondel (1465)
Roteiros (357)
Sonetos (36301)
Trovas (12058)
Tutoriais (277)
Canções (2022)
Contos (181)
Crônicas (133)
Eróticos (294)
Humor (104)
Mensagens (669)



Eu te amei! - Lílian Meire (Poesias)
BRINCANDO DE SER FELIZ - homenino poeta (Poesias)
AMOR AGRESTE COMO MEL! - Marisa Queiroz (Poesias)
O Pranto - CAROLLL (Poetrix)
Vêm pra mim - Cássia Nascimento (Poesias)
Certo em partes - Everton Strapasson (Poesias)
Silencio - Nay (Mensagens)
Entre os teus seios - Ri (Poesias)
Eu e eu - Sophia sync (Pensamentos)
DA PALAVRA ACESA (III) - LILIAN REINHARDT (Pensamentos)
A loira e o tigre - Guilherme dos Anjos (Humor)
VIDA DEPOIS DA MORTE - Valdeci Garcia (Frases)
FALAR DE MIM - Renato Dieckson (Poesias)
EU, SEGUNDO EU - Reinaldo Ribeiro (Poesias)
VÍCIO DO JOGO - Tiago Tzepesch (Frases)
Desejo a ti. - Paula Vicentin (Frases)
Bem querer... - VeraSalbego (Poesias)
Wild Horses - Danilo Reis (Contos)
Um trecho do patético - Kamila Gonçalves (Prosa Poética)
Eu Sou Fiel - Nena Medeiros (Crônicas)
Não demore amor - amoroso (Duetos)
Nosso Amor - Edilley Possente (Poesias)
SILÊNCIO - Mopitaco (Poesias)
SONHOS - Jamil Gabardo (Poesias)
Se - Didracus O Alien (Poesias)
O GRITO - Víctor Coslei (Poesias)
IV Concurso Literário “Cidade ... - fernanda araujo (Artigos)
Chuva de Bênção - Arísia Bertolo Garcia (Mensagens)
Sem esperanças... - TMS (Cartas)
Superação - Gelci Agne (Contos)
LUIZ E ROSANA - Cyda Ferraz (Homenagens)
No fundo.... - Cigana Ro (Pensamentos)
PERCEPÇÃO! - EL FÊNIX (Pensamentos)
BOM CONSELHO? - odracir (Discursos)
Adeus meu amor - Cris couto (Cartas)


Against all odds - Cris couto (Canções)
Lente colorida e dolorida... - Rhusso (Poesias Recitadas)
loucos - elcio miguel (Canções)
FLOR DE IR EMBORA - FÁTIMA GUEDES - Zuleika dos Reis (Canções)
OBSERVANDO I e II - EUNICE ARRUDA - Zuleika dos Reis (Poesias Recitadas)
ESTRELA VAGA - POEMA de ZULEIKA DOS REIS - Zuleika dos Reis (Poesias Recitadas)
UM CÉU AO DORMIR - Sunny Lóra (Poesias Recitadas)
Amor de mulher - Claudemir Lima (Mensagens)
MEDITAÇÃO-LOUVOR-ORAÇÃO EM ÁUDIO - edson capixaba (Mensagens)
TUAS MÃOS NA MINHA EMOÇÃO - Marlene Constantino (Poesias Recitadas)
VIVER OU MORRER - Marlene Constantino (Instrumentais)
Poemas de amor - du maranhão (Canções)
O ANJO E A FERA - São Beto (Canções)
Penso que sou poeta//Na voz de Fernando Reis Costa - Cássia Dias (Poesias Recitadas)
Tema do Travéco x Ronaldo - Guto Russel (Humor)
Homenagem a Socorro Lima Dantas - Maria da Luz (Poesias Recitadas)
Mulher - Shirley Carreira (Poesias Recitadas)
Homenagem a Socorro Lima Dantas - FERNANDO REIS COSTA (Poesias Recitadas)
Perda - Shirley Carreira (Discursos)
No olhar - Shirley Carreira (Poesias Recitadas)

CRUZ E SOUZA

Cruz e Sousa

Alessandro Allori, 1535-1607, Vênus e Cupido